[Vídeo] A morte do Facebook: Atenção! Não leia apenas esse título

Olá, como vai?

Recentemente tenho lido várias matérias sobre a suposta morte do Facebook. Pesquisas apontam o desinteresse dos jovens pela rede social, a fuga em massa para redes de nicho como WhatsApp e a catastrófica morte do Facebook em 2017. Segundo uma matéria da Veja, “Facebook deve perder 80% dos usuários até 2017“. Não nego a importância dessa pesquisas, afinal todas tem, mesmo que lá, mas lá no fundinho elas tragam um ensinamento: no caso desta, nos ensina como não fazer uma pesquisa nem jornalismo.

Como não fazer uma pesquisa

No caso da pesquisa de Princeton, publicada pela Veja e alerdeada por vários canais de mídia, a pesquisa foi feita assim:

1) Os pesquisadores usaram o Google Trends para pesquisar o volume de buscas pela palavra Facebook no Google.

2) Segundo os resultados, o Facebook perderá até 80% dos seus usuários até 2017. Isso porque, as pessoas não buscam por Facebook no Google. Uma observação básica: se você já usa o Facebook todo dia, tem ele nos seus favoritos, qual o sentido de pesquisar por ele no Google.

3) Até aí tudo bem, afinal todo produto tem sua fase de lançamento, maturidade e declínio.

4) Usando esses dados do Google Trens, conclui-se então que: se as pessoas não buscam por Facebook no Google, o Facebook vai morrer. MUITO BOA ESSA SACADA!

Conversando como uma amiga doutora e com publicações em periódicos, eventos e congressos nacionais e internacionais, perguntei em relação a escolha de uma metodologia para uma pesquisa. Ela me disse o seguinte:

“Em muitos casos, a metodologia de coleta de dados e informações é construída apenas para que o pesquisador encontre, dentre os dados coletados, apenas as respostas que ele deseja. O que aconteceu nesse caso, é suspeito de ser uma metodologia fabricada para encontrar a resposta que eles querem”.

Se A = B

Utilizando a mesma forma de raciocínio e metodologia, um cientista do Facebook chegou a conclusão de que até 2021, a Universidade de Princeton não terá mais alunos! Isso porque, segundo suas pesquisas, a busca por Princeton no Google, vem caindo ano após ano. Desta forma, é possível deduzir a mesma coisa, tanto sobre o Facebook quanto sobre a universidade.